Círculos Emocionais


Hoje, mais do que nunca, o aspecto emocional do indivíduo encontra-se numa encruzilhada. Emocionalmente podemos definir vários círculos que caracterizam a relação do indivíduo com o aspecto social envolvente.

Se se partir do pressuposto que cada pessoa é una e representa para si e para os outros uma individualidade única com características de personalidade e de interacção únicos, então pode-se atribuir à individualidade, um círculo com características muito próprias e exclusivo. Um círculo onde cada um é livre de ser, de estar e de pensar. Um círculo que deve ser um ponto de abrigo emocional, onde cada um se “despe” de preconceitos e encontra no seu estado mais puro, sem mentiras nem farsas. Onde deve confrontar-se com as suas fobias e os seus anseios. Onde deve analisar a sua personalidade introspectivamente. Onde deve procurar paz de espírito e criar harmonia com os demais círculos envolventes.

Este círculo não deve ser hermético nem permissivo, deve estar aberto à percepção, à análise, à decisão e à execução.

O círculo que corresponde ao “EU” é o santuário onde o indivíduo, despido de preconceitos, gera empatia com o macrocosmos e entra em harmonia com o Universo.

Emocionalmente é importante o indivíduo encontrar-se, compreender-se e definir-se enquanto personalidade com características emocionais muito próprias.

O primeiro círculo emocional é o “EU”, harmónico, empático, livre de ideias pré-concebidas e com o espírito aberto e receptivo. Deve ser o ponto de partida por onde flui a personalidade essencial, despreocupada e livre de se direccionar sem preconceitos ou temor.

Socialmente os círculos emocionais dispersam-se numa panóplia de diversidade, com interacção de forma desgovernada gerando conflitos pela promiscuidade emocional.

Estes círculos interceptam-se e desvinculam-se em cadeia fazendo com que o indivíduo não se encontre emocionalmente ou se divida entre objectivos, sendo incapaz de percepcionar a importância de cada círculo e qual o comedimento que deve ter na sua inter-relação.

Existencialmente podem definir-se uma variedade de círculos relacionais até ao infinito, no entanto deve simplificar-se e definir-se como padrão base os seguintes círculos:

- O “EU”, onde o indivíduo define a sua personalidade e “abriga” as emoções essenciais,
- A “Família” onde se incluem todos aqueles que partilham uma convivência diária,
-Os “Amigos” onde se enquadram todos aqueles que correspondes às relações sociais objectivas,
- O “Profissional” que resulta das relações decorrentes de um ambiente de trabalho,
- O “Global” que se refere à informação partilhada pelos meios de comunicação, redes sociais e no “passa a palavra”.

A importância da interacção destes círculos passa pela forma como cada um “per se” enquadra na vivência diária e com a importância relativa que se atribui a cada um.



A importância de cada círculo define a personalidade e o crescimento emocional harmónico.

Da mesma forma que os veios de uma árvore, o crescimento devidamente nutrido, comedido e resguardado, originam estabilidade, força e segurança emocional.

A importância das emoções no seu aspecto evolutivo é fundamental nas relações pessoais, sociais e profissionais, valorizando o “EU” como génese da existência do indivíduo e da sua personalidade.

O equilíbrio emocional só é possível quando o indivíduo regula a sua relação com os círculos circundantes e acima de tudo se conhece a si próprio.